Em um país, onde o racismo estrutural e sexismo definem quem ocupa cargos de liderança, o empreendedorismo negro surge como um contraponto deste paradigma que organiza a sociedade brasileira.
A tecnologia é um recurso indispensável atualmente, mas seus custos podem ser inacessíveis para parte desta população, onde neste ponto o sistema de crédito é algo crucial para acesso a certos insumos, mas de acordo com uma pesquisa conduzida pela FGV e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o acesso a crédito do empreendedor afrodescendente é reduzido comparado com o do não afrodescendente. Apesar disso, empresários pretos lideram o grupo de empresários com empréstimos em atraso, o que destaca a desigualdade desse setor segundo a mesma pesquisa.
O papel da tecnologia no empreendedorismo?
A tecnologia é indispensável no dia a dia do empreendedor. Estar atualizado com as ferramentas tecnológicas permite auxiliar na automatização de tarefas, otimização de processos e, principalmente, no vínculo ao seu cliente. As redes sociais, por exemplo, são importantes para a alma dos negócios atuais, onde a presença digital é necessária.
No entanto, quando falamos da população negra, notamos um distanciamento entre o mundo da tecnologia e, de acordo com dados do IBGE, ainda é uma pequena fatia deste mercado. Além disso, mesmo aqueles que conseguem superar esta barreira enfrentam uma disparidade: ganham 70% menos do que profissionais não negros no mesmo cargo.
Capacitação tecnológica
A capacitação profissional é uma ferramenta poderosa para a população afrodescendente. Além de tudo supera uma barreira evidenciada nos dados citados acima, ela também transcende barreiras estruturais do racismo e sexismo.No cenário atual, a qualificação oferece a melhora na condição de trabalho e remuneração. É uma forma de demanda contínua e por isso projetos como UX para Minas Pretas e PretaLab são importantes. Eles buscam capacitar mulheres negras para o mercado tecnológico, que ainda é marcado pelo racismo estrutural em suas posições e machismo. A atuação desses movimentos são projetos para combater a repreensão e abrir novas portas
Luta gera resultado
Após análise das temáticas, fica evidente que o empreendedorismo negro exige de novos pontos focais para o acesso e capacitação ao mundo da tecnolgia.
Programas para novas linhas de crédito e programas de capacitação são essenciais para gerar novos empreendedores neste mercado desigual. Essa luta, por meio da educação e apoio financeiro, tenta romper esse racismo estrutural que ainda se faz presente na nossa sociedade.






