Negócios de impacto liderados por negros passam a influenciar a economia brasileira através do Black Money. Termo utilizado para se referir ao fortalecimento econômico das comunidades negras está se interligando às práticas da economia circular como modelo produtivo e surge como uma alternativa de inserção econômica.
Esta conexão amplia o empreendedorismo negro e promove impacto socioambiental positivo, solucionando desafios de maneira inovadora, potencializando o desenvolvimento sustentável e fortalecendo o protagonismo comunitário. Leia mais e entenda como a economia circular têm contribuído para o fortalecimento de negócios de impacto liderados por negros.
O empreendedorismo negro como protagonista de negócios de impacto
Para além da geração de renda, o empreendedorismo negro é uma base importante da construção do protagonismo e fortalecimento do senso identitário e comunitário desta população economicamente minorizada do país.
Segundo o Banco do Brasil, afroempreendedores movimentam cerca de R$1,73 trilhões anualmente na economia brasileira, no entanto, o acesso a crédito e investimentos segue com obstáculo. Neste contexto, negócios de impacto liderados por negros servem como um exemplo de inclusão econômica, inspirando novos empreendedores e mostrando caminhos possíveis para mudança social.
Fortalecimento comunitário negro: inovação e inclusão pela economia circular
No Brasil, facilitar o acesso à inclusão digital, capacitação e crédito empodera pessoas negras a construírem seus negócios, organizações como a Funafro, a +Afro e Páginas Pretas Classificados são impulsionadoras de negócios como uma ferramenta de fortalecimento coletivo.
A economia circular surge como uma estratégia para tornar a sociedade mais forte economicamente, sendo que a proposta central desse sistema repensar processos produtivos através de três passos principais:
1 . Eliminar a produção de lixo, resíduos e poluição desde a concepção do negócio;
2. Criar e utilizar redes para circular, compartilhar e reutilizar produtos e materiais;
3. Ter como objetivo retribuição ambiental e recuperação de recursos naturais.
Alguns exemplos práticos do sucesso da economia circular são: veículos por assinatura, compostagem industrial, bazares de roupas, devolução de embalagens de cosméticos, dentre outras ações que nos inspiram.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) 76% das empresas da organização já possuem iniciativas voltadas para esse modelo produtivo, mostrando haver espaço para replicar estes processos em diversas escalas.
Impacto socioambiental na prática
Apesar da economia circular focar, em princípio, na sustentabilidade ambiental, ela tem um forte viés social, pelo seu potencial de gerar empregos e renda, já que o modelo produtivo precisa desenvolver novas atividades.
Um exemplo de negócios de impacto liderados por negros que integram a lógica da economia circular é o Instituto Feira Preta. Um projeto criado por Adriana Barbosa ocorre uma vez ao ano e reúne milhares de artistas, coletivos e empreendedores promovendo conexões de mercado para estes negócios.
A iniciativa fomenta o uso consciente de materiais e a valorização de insumos locais pelos seus participantes de diversas áreas da economia criativa. Além de ser um exemplo prático e de sucesso de como o Black Money pode gerar renda e empoderar pessoas negras.
Caminhos entre desafios e oportunidades para negócios de impacto liderados por negros
Empreendedores negros enfrentam diversas barreiras estruturais, dificuldade de acesso a crédito, investimento e redes de apoio, para tornarem seus negócios lucrativos, evidenciando a necessidade de organizações focadas em promover estratégias que valorizem negócios de impacto liderados por negros.
Mesmo com os desafios, há grande espaço para afroempreendedores tornarem-se protagonistas de uma economia circular focada em promover um impacto socioambiental positivo em suas comunidades.
Apoiar e investir em iniciativas como esta promove justiça social e ajuda a construir modelos econômicos mais sustentáveis para as pessoas e o planeta.






